Release “Competição Livre”
A Competição Livre é uma intervenção artística que aconteceu, neste último sábado, 1° de fevereiro, na Cidade do Guarujá, por iniciativa de Milton Tortella e colaboração de Léo Carvalho, tendo como objetivo sensibilizar o público sobre questões relacionadas aos limites impostos aos cidadãos pela competitividade da vida contemporânea. Nessa intervenção, foi possível testemunhar, numa piscina semiolímpica, a representação de como a humanidade sucumbe diante dos limites impostos pela vida moderna.
A Competição Livre foi, portanto, realizada em uma piscina semiolímpica, que teve substituídas as divisórias de raias por cercas de proteção concertina ou ouriço, fixadas nos ganchos das paredes, mantidas na superfície da água e estendidas ao longo do comprimento da piscina.
A cerca foi originalmente concebida para uso militar, visando evitar a entrada da população em áreas protegidas, e idealizada para tentar dissuadir as pessoas de ultrapassar limites de segurança, tal qual uma barreira física com potencial de causar graves ferimentos a quem se atrever cruzá-la.
A piscina, normalmente, é considerada como a ferramenta que possibilita formar indivíduos capazes de mergulhar, pescar, exercitar-se e competir1. As cercas de proteção, no lugar das divisórias, suscitam o público para a percepção dos limites que o cotidiano impõe à vida das pessoas em cidades, urbanas e rurais, de todos os cantos do mundo, representando restrições sociais, de segurança e de recursos naturais e territoriais.
A Competição Livre, dentro deste contexto, tem a pretensão de fazer o público refletir sobre tais limitações, não só impostas à vida, mas também de ordem política, financeira ou, por exemplo, quanto à demarcação de um simples lote residencial num bairro remoto, que, em termos, aniquila o direito de ir e vir, de pensar e de pertencer ao meio urbano.
“Um país determina um território, uma instituição o seu mercado e o indivíduo o seu espaço no mundo. Cada um de nós invade o pedaço do outro. As fronteiras de uma piscina demarcadas com cercas de proteção, com alta capacidade de segurança, ameaçam valores culturais dos cidadãos contemporâneos. A intervenção Competição Livre, como na modalidade olímpica de natação, apresenta desafios de uma sociedade competitiva. Quem chega à frente ganha, apesar de os riscos, para si e o próximo, serem uma companhia constante”, reflete Milton Tortella sobre o assunto.
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1. Natação é a capacidade do homem e de outros animais de se deslocarem por movimentos efetuados no meio líquido, geralmente sem ajuda artificial. É também uma atividade que pode ser, simultaneamente, útil e recreativa - balneário, pesca, exercício e desporto. Wikipédia. Página acessada em 28 de fevereiro de 2014.
Natação. Benefícios. A natação é capaz de oferecer incontáveis benefícios ao praticante, entre eles o de movimentar, praticamente, todos os músculos e articulações do corpo. Por este motivo, é considerada um dos melhores exercícios existentes. Para o organismo, ajuda a melhorar a saúde e é a única atividade física indicada para indivíduos menores de 3 anos de idade. Wikipédia. Página acessada em 28 de fevereiro de 2014.
Ficha técnica
Intervenção “Competição Livre”
Sábado, 1/2/2014
Local: Piscina do Colégio Don Domênico, no Guarujá, SP, Brasil
Técnica: Intervenção
Cerca concertina, piscina semiolímpica, arame, esticador forjado (gancho x olhal), fio de nylon, tubo de alumínio, parafusos, corda de nylon, concreto.
Projeto: Milton Tortella
Colaboração: Léo Carvalho
Produção (Guarujá – SP): Ato Arte Assistente de Produção: Hélio Tadeu Damasceno
Documentário
Direção: Milton Tortella e Léo Carvalho
Direção de Fotografia: Léo Carvalho
Fotografia: Léo Carvalho
Produção (Guarujá – SP): Ato Arte
Documentação Fotográfica: Léo Carvalho
Agradecimentos a: Cristovão Ribeiro, Colégio Don Domênico, Andressa Gonçalves, Thiago Thomazzi, Cauê Coeho, Juliana Lombardi, José Carlos Thomazzi e Mariane Tortella.
Sobre os artistas
Milton Tortella nasceu em 1970 e trabalha na Cidade de São Paulo, Brasil. Artista intermídia, pintor, gravador, escultor, artista gráfico e diretor de arte. Estudou gravura com a artista portuguesa Mariana Quito, no Sesc Ponpeia, entre 1989 e 1992. Foi professor de direção de arte da Escola de Criação ESPM – 1995/2001. Tem exposto seus trabalhos desde 1986. Já participou de inúmeras exposições coletivas, com destaque para o II Prêmio Günther de Pintura no MAC – Museu de Arte Contemporânea, em 1992, e 7 individuais. Possui trabalhos premiados, com menção honrosa no Programa das Nações Unidas para o Controle Internacional de Drogas (PNUCD)/ UNESCO. www.tortella.art.br
Léo Carvalho nasceu em 1984 e trabalha na Cidade de São Paulo. Foi num programa de TV matinal que acendeu a primeira faísca. Apresentada por Philip Hallawell e de nome “À mão livre”, a série despertou nele o interesse pela arte. Iniciou seus estudos de Desenho ainda na adolescência. Começou, em 2002, o curso superior de Desenho Industrial (não concluído). Aprofundou-se, em 2013, em fotografia, na Escola São Paulo de Economia Criativa, com o fotógrafo Gabriel Boieras. Atuou profissionalmente com ourivesaria, web design, design de embalagens e, nos últimos dez anos, com direção de arte e fotografia.
Sobre o Ato Arte
O Ato Arte tem como objetivo ajudar na disseminação da arte contemporânea e colocá-la no seu merecido lugar. Catalisador dos debates e do entendimento sobre as relações humanas e sociais.
Mais informações:
Ato Arte
Milton Tortella
(11) 2081-4065
(11) 98415-9311
Léo Carvalho
(11) 3871-7720
